Novo ferry da TWB quebra em menos de 15 dias
| Ilha de Itaparica |
Salvador - O ferry boat "Ana Nery" não se adaptou à calmaria do mar da Baía de Todos os Santos e pifou. O navio tem menos de 15 dias em operação na travessia Salvador-Bom Despacho. É mais um fato negativo e inédito que passa a fazer parte do "currículo" da folclórica TWB, que há seis anos serve mal aos baianos. E tudo indica que vai demorar um pouco para o "Ana Nery" voltar à travessia Salvador-Bom Despacho - o defeito apresentado foi no sistema de propulsão.
Fontes seguríssimas do JORNAL DA MÍDIA garantem que todo o sistema de propulsão do "fast ferry" "Ana Nery" é recauchutado. Ou seja: os motores não são novos, mas retificados. O JM divulga a informação com reservas, mas os indícios são fortes. Os motores do "Ivete Sangalo" e do "Ana Nery", para quem não sabe, têm as mesmas características dos utilizados pelo ferry "Maria Bethânia", que foi remotorizado em 2007, no início do governo Wagner.

Há um mês, durante uma reunião de toda a diretoria da Agerba com o secretário de Infraestrutura, Wilson Brito, no gabinete da Seinfra, um diretor da agência de regulação foi categórico ao denunciar: existem fotos e até vídeos mostrando a retirada de motores dos navios do Estado. Os motores foram colocados em um caminhão, que seguiu para um "destino ignorado".
Na oportunidade, o secretário Wilson Brito teria ficado irritado e falou alto: "Eu exijo a abertura rigorosa de uma sindicância para investigar o caso". A sindicância não foi aberta e o secretário de Infraestrutura, que hoje também é muito ligado à TWB, parece ter esquecido da "investigação" que houvera exigido. O JORNAL DA MÍDIA sabe o nome do diretor da Agerba que fez a denúncia. Esse diretor confirmou tudo ao JM, mas não vamos divulgar o seu nome. Só se o secretário Wilson Brito pedir.
A Culpa é do Governo Wagner - Realmente, coisas incríveis estão acontecendo no ferry boat da TWB, a empresa sulista tão protegida pelo Governo Wagner. A situação para quem quer utilizar o ferry continua caótica e a TWB parece completamente perdida.
Em pleno verão, a empresa só tem dois...três navios em tráfego. Um verdadeiro absurdo. Mas o governo não faz absolutamente nada para aliviar o sofrimento da população. A omissão é total. A Agerba (agência de regulação do governo Wagner) simplesmente é uma "parceira" para tudo de errado que acontece no sistema ferry boat.
Ontem no Terminal de São Joaquim foi um dia de muita confusão, com usuários, revoltados, ameaçando arrombar portões. Algumas pessoas ficaram presas na "estação de passageiros" durante mais de duas horas e algumas pssaram mal, desmaiaram devido ao calor. O salão estava completamente lotado. A TV Bahia registrou a confusão e apresentou no seu jornal da noite, o BA-TV segunda edição. O último ferry da manhã saiu às 11h40. O próximo só deixou o terminal de São Joaquim às 13h20.
Dinheiro Público injetado na TWB - O ferry boat "Ana Nery", que ontem quebrou, é o mesmo que está sendo utilizado pela TWB como "garoto propaganda" de uma ridícula campanha publicitária. A campanha, que está sendo motivo de gozação, envolve personagens engraçadíssimas. Cheia de mentiras. É um verdadeiro deboche e um afronta aos baianos.
Com o título "Agora Vai", a peça publicitária da TWB tenta passar a imagem que o sistema ferry boat "vai deslanchar" com a chegada do novo ferry, construído inclusive com uma saudável injeção de dinheiro público (R$ 9,2 milhões) liberado pelo Governo Wagner para a TWB.
Mas, nem com dinheiro do cidadão no meio a TWB consegue funcionar. Com a pomposa pronúncia de "fest ferry", a concessionária diz ter construído o "Ana Nery" com "tecnologia australiana" (e os pobres coitados repórteres da mídia baiana, ainda acreditam e publicam).
Teve um jornal impresso diário de Salvador que se empolgou tanto que exagerou, divulgando que o ferry tinha sido todo construído na Austrália. Que loucura! Mas também recebendo tanta publicidade do "Agora Vai" da TWB não custava absolutamente nada para o jornal destinar à concessionária das três letrinhas ordinárias o título de "empresa do ano", por exemplo.
O "fast ferry", de acordo com o exagero da imprensa baiana que acredita em tudo que a TWB diz, é "full oil" - ou seja, pode usar dois tipos de combustível. É que a diretoria da TWB é meia fresquinha mesmo, gosta de "fast", de "full" e de "oil". Coisa para deixar a cabeça do baiano mais perturbada, mas os bolsos dela (TWB) sempre cheios.
A Bahiagás que o diga. Gastou uma verdadeira fábula para desenvolver a tecnologia "full oil' dos ferry "Ivete Sangalo", que também serviu para o "Ana Nery". Fala-se que a distribuidora gastou nada menos que R$ 9 milhões com o projeto, que hoje sequer funciona nos dois ferries. Só quando a TWB quer.
Isto porque, a TWB, há muito tempo, utiliza só óleo diesel e deixou de lado o gás natural da Bahiagás. Hoje a direção da Bahiagás nem quer ouvir mais falar de TWB. Aliás, o "fest ferry" "Ivete Sangalo" também está emperrado: agora faz o percurso da travessia para a Ilha em 40... 50 minutos... e às vezes até em uma hora. Mas o Governo Wagner finge que nada vê. Fonte: Jornal da Mídia
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